Este blog está destinado a retratar sobre as características da segunda fase do Realismo e Naturalismo em Portugal, bem como as características do grande escritor deste período Eça de Queirós
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
O Realismo português e sua segunda fase
Em
1865 com Antero de Quental surge o realismo e naturalismo português, marcado
por renovações ideológicas, científicas e artísticas. A Europa está passando
por um processo de transformações nas aceitações modernas, o que acaba fazendo
gerar a Questão Coimbrã, que foi uma luta entre poetas românticos conservadores e o dos poetas realistas contestatórios. Sendo os conservadores em Coimbra com António Feliciano de Castilho e o realismo desenrolando-se em Lisboa com Antero de Quental.
Como
toda corrente (seja ela artística ou não) sempre vai de encontro a sua anterior
a eles - os realistas - questionavam a poesia romântica, com isso surgem novas
idéias para o como construir a poesia portuguesa, gerando assim três tipos de
poesias: a de divulgação, do cotidiano e da metafísica.
A
Europa estava em grande expansão industrial, o capitalismo encontrava-se em seu
auge e a burguesia ganha espaço político, bem como o surgimento do
proletariado. As invenções estão a todo vapor, surgem então o telefone,
locomotiva, telegrafo e a possibilidade de novas fontes de energia, como o
petróleo.
Esta
expansão influenciou ativamente nas produções literárias e artísticas da época,
pois se deixou de lado toda a subjetividade, para retratar com afinco as
mazelas da época.
As
origens literárias do realismo e naturalismo remontam a França com Madame Bovary de Flaubert, expondo por
assim dizer o lado feio da sociedade europeia.
Assim
como Antero de Quental, Oliveira Martins e Guerra Junqueiro, Eça de Queirós
teve uma grande importância nesse período. O realismo e naturalismo português podem
ser divididos em duas grandes etapas, sendo que Eça de Queiroz participou
ativamente da segunda fase do realismo, sendo o maior representante da prosa
realista retratando em suas obras, críticas sobre muitas questões da sociedade
da época visto que passou com força marcante se dividindo em três fases deste
período literário: pré-realista, realista e da maturidade artística.
Em
seu período pré-realista, sofre grandes influências românticas de autores
germânicos e é considerada a menos importante de sua carreira. Sua obra mais
marcante foi Mistério da Estrada de
Sinistra, que teve a colaboração de Ramalho de Ortigão e Prosas Bárbaras. Já em sua fase
realista, defende os princípios do realismo, atacando a burguesia, o clero e a
monarquia e a obra de destaque deste período é o Crime do Padre Amaro, além de Primo
Basílio e os Maias. De 1888 até a sua morte suas obras afastam – se dos
ideais realistas, voltando-se para as concepções mais humanas e otimistas da
realidade; em sua terceira fase é conhecida por uma visão nacionalista e
social-nacionalista. Destacam-se as obras A
Ilustre Casa de Ramires e A Cidade e
as Serras.
Desta
forma a segunda fase do realismo que trata da crítica sobre o caráter do homem a
função política foi agregada a uma função estética. Os realistas propuseram
ideais de uma realidade social, em que entender a história política e literatura
eram inseparáveis.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Contribuição Valiosa
Ao fazer as pesquisas sobre um assunto tão interessante, descobri um site muito legal que fala sobre a última flor do lácio, vale a pena conferir.
segue o link do blog para poderem acompanhar.
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